quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

não aguento

É engraçado, minha cabeça dá umas voltas, uns giros duplos-triplos que eu não sei se vou conseguir colocar tudo no lugar de novo e equilibrar, nunca foram equilibradas - essas coisas na minha cabeça - mas agora é um zum-zum-zum que parece que vão explodir e só vão ficar os restos e o pó dos meus pensamentos.




como é que se diz mesmo quando se quer acreditar em algo?



esperança? pois é.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

"Eu choro e ouço todos dizendo passa, que vai passar.
Mas esse é o problema, não quero que passe. Quero ser tua, quero que você seja meu. Quero poder sempre te amar e ouvir o quanto sou amada, quero poder acordar com você me enchendo de beijo ou simplesmente acordar pra ver o quanto é lindo você dormindo. Mas do meu lado, eu quero você do meu lado. Será que ninguém entende? Tudo bem, sou bonitinha, legal, simpática e tem até uns carinhas legais me procurando por aí, mas nenhum deles sequer tem a capacidade de se parecer um pouquinho com você. Nenhum deles lembra seu jeito doce de encarar a vida e de me acalmar um dia antes daquela prova chata. Nenhum deles me faz rir como você faz.
Agora vocês me entendem? Agora sabem porque eu choro? Porque não quero que passe. Eu quero poder acreditar que aquela sua jura de amor eterno é verdadeira."

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Eu te decorei

Ele chegou sem avisar. Ela olhou e não disse nada. Apenas sentiu.
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Sem pedir permissão e antes que ela pudesse perceber, lá estava ele entrando na sua vida e se alojando no lugar mais bonito.
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Tinha olhos de mel. Na cor e na doçura. E não eram apenas doces. Também era mágicos. E através deles se via a luz. E através dela se via a alma.
Mas de doce não eram só os olhos. Eram também os lábios, as mãos, as palavras que saim de sua boca.
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Conversaram, brigaram, sorriram e choraram (de tanto rir), já foram Peter e Anne, terapeuta e paciente, marido e mulher. Já foram até duas almas perdidas procurando algo em comum. Procurando um lugar onde viver não seja uma obrigação. Onde o amor seja recíproco e o riso necessário.
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Um dia ele a levou para ver as nuvens e elas eram macias e tinham gosto de felicidade. No caminho encontraram a Lua que sorria pra eles. Mas a Lua parecia Sol e, por um instante, tiveram certeza que era Sol e acreditaram tanto nisso que quando olharam não era mais Lua, era Sol.

A partir daquele dia eles deram as mãos e fizeram o pacto de andarem juntos na solidão de cada um.

Voltaram pra casa.
As mãos ainda não se soltaram.
Ouvi dizer que ela sempre pede em orações para que ele nunca a solte.

Porque se ele a soltar, ela não saberá mais o caminho para as nuvens.
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Porque ela não brilha se ele não brilhar.

decorar: guardar no coração.

domingo, 29 de agosto de 2010

a falta que ela faz

Ela: Lembrei de você dia desses.
Eu: Sério? Pq?
Ela: Pq assisti Amelie. Lembro que sempre falava dele.
Eu: Siiiiiim! Que mara!
Ela: E me lembrei muito de você.
Eu: *-*



E que continue se lembrando...pra sempre.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

conversa no banco

Era uma tarde fria, o sol espiava tímido através de nuvens densas e negras. A chuva já tinha cessado, mas as ruas continuavam desertas.
Flores encharcadas pelos pingos daquela tarde pareciam chorar. Mas eram silenciosas.
Andrew as colhia delicadamente e as pousava sobre o colo de Lauren.
-Essas flores estão molhadas e murchas, Andrew. Veja só, as pétalas estão caindo.
-Sim, mas mesmo assim são belas.
-Não entendo como flores mortas podem ser belas.
-Lauren, meu bem, as pétalas nada dizem sobre a beleza de uma flor.

quarta-feira, 10 de março de 2010

E não dando mais para se enxergar, se enxerga o outro.